
Simples Nacional na Reforma Tributária 2026 | Guia Completo OSP
Se você é empresário no Brasil, provavelmente já ouviu falar (ou está) no Simples Nacional. Criado em 2006 e reformulado em 2018, esse regime tributário unificou até 8 impostos em uma única guia mensal chamada DAS. Para muitas empresas, especialmente nos primeiros anos de operação, essa simplificação foi revolucionária. Mas será que o Simples continua simples quando sua empresa cresce?
Como Funciona o Simples Nacional Hoje
O Regime Que Simplificou a Vida de Milhões de Empresas
Criado em 2006 e reformulado em 2018, o Simples Nacional unificou até 8 impostos em uma única guia mensal chamada DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional). Para muitas empresas, especialmente nos primeiros anos de operação, essa simplificação foi revolucionária.
Mas será que o Simples continua simples quando sua empresa cresce?
Como Funciona o Cálculo do DAS
O Simples Nacional funciona com faixas progressivas de faturamento divididas em 5 Anexos, cada um para um tipo de atividade:
Anexo I: Comércio
Alíquotas de 4% a 19%
Anexo II: Indústria
Alíquotas de 4,5% a 30%
Anexo III: Serviços
Alíquotas de 6% a 33%
Anexo IV: Serviços com folha ≥ 28%
Alíquotas de 4,5% a 33%
Anexo V: Serviços específicos
Alíquotas de 15,5% a 30,5%
O cálculo considera o faturamento dos últimos 12 meses (RBT12). Quanto mais você fatura, maior a alíquota. E aqui está o primeiro problema: a progressividade é agressiva. Uma empresa de e-commerce no Anexo I que sai de R$ 3,6M para R$ 4,8M/ano pode ver sua alíquota efetiva saltar de 11% para 14,3%.
As Vantagens Que Todo Mundo Conhece
Por que o Simples Nacional é tão popular? As razões são claras:
Unificação de impostos
Oito obrigações viram uma. Menos burocracia, menos chance de erro.
Alíquotas baixas (no início)
Empresas faturando até R$ 180 mil/ano pagam alíquotas mínimas (4% no comércio, 6% em serviços).
Menos obrigações acessórias
Sem SPED Fiscal, sem EFD-Contribuições, sem ECD (para a maioria). Apenas a DEFIS anual.
Simplificação trabalhista
Alíquota de INSS patronal reduzida (já incluída no DAS).
Acesso a licitações
Tratamento diferenciado em compras públicas com margens de preferência.
Para uma empresa com faturamento baixo, operação simples e poucos fornecedores, o Simples é imbatível. O problema surge quando essas condições mudam.
Quando o "Simples" Deixa de Ser Simples
Conforme sua empresa cresce, três sinais indicam que o Simples pode estar custando mais do que deveria:
Sinal 1: Faturamento se aproximando de R$ 4,8M/ano
Se você está na faixa de R$ 3,6M a R$ 4,8M, sua alíquota efetiva já está entre 12% e 15%. Nesse patamar, regimes como Lucro Presumido ou Lucro Real começam a ser competitivos — especialmente se você tem muitos custos dedutíveis.
Sinal 2: Carga tributária desproporcional ao lucro
O Simples Nacional tributa sobre o faturamento bruto, não sobre o lucro. Se sua margem líquida é baixa (15-20%), você pode estar pagando impostos que consomem 60-80% do seu lucro real. Em alguns casos, você paga mais imposto do que lucra.
Sinal 3: Impossibilidade de aproveitar créditos
No Simples, você não gera créditos fiscais de PIS, COFINS, ICMS ou IPI para seus clientes. Se você vende para outras empresas (B2B), especialmente indústrias no Lucro Real, sua mercadoria fica mais cara porque o cliente não pode abater impostos. Isso pode fazer você perder competitividade.
E Agora Vem a Reforma Tributária
A partir de 2026, as regras do jogo vão mudar completamente
Se você já sentia que o Simples estava apertado, prepare-se: a partir de 2026, as regras do jogo vão mudar completamente. A Reforma Tributária vai substituir PIS, COFINS, ICMS, IPI e ISS por apenas dois impostos: CBS (federal) e IBS (estadual/municipal). E o Simples Nacional? Vai continuar existindo, mas com uma diferença crucial: as alíquotas vão aumentar para incorporar CBS e IBS. Dependendo do seu Anexo e faixa de faturamento, o acréscimo pode chegar a 20-35% sobre o valor do DAS.
Para empresas como a sua, que já estão no limite, isso significa uma escolha: absorver o aumento e ver sua margem derreter — ou migrar para um regime que permita aproveitar os créditos integrais de CBS e IBS.
E é exatamente sobre isso que vamos falar nos próximos capítulos.
A Reforma Tributária (CBS e IBS)
A Maior Mudança Tributária em 50 Anos
Em dezembro de 2023, o Congresso Nacional aprovou a Emenda Constitucional 132/2023 — a chamada Reforma Tributária. O objetivo? Simplificar o sistema tributário brasileiro, reduzir a burocracia e eliminar a "guerra fiscal" entre estados. No papel, faz todo o sentido. Mas na prática, para quem está no Simples Nacional, isso significa uma mudança profunda na forma como você vai pagar impostos.
E a mudança não é opcional. Ela já começou.
O Que Muda: De 5 Impostos Para 2
Hoje, empresas no Brasil convivem com uma sopa de letrinhas tributária:
PIS e COFINS (federais)
9,25% ou 3,65% dependendo do regime
ICMS (estadual)
Varia de 7% a 20% conforme estado e produto
ISS (municipal)
2% a 5% sobre serviços
IPI (federal, indústria)
0% a 30% conforme produto
Cada um com suas regras, alíquotas, exceções, isenções e obrigações acessórias. Um pesadelo administrativo.
A Reforma Tributária vai eliminar esses 5 impostos e criar apenas 2:
A Linha do Tempo: 2026-2033
A reforma não acontece de uma vez. O governo criou um período de transição de 7 anos para empresas e estados se adaptarem:
2026
CBS em teste: 0,9% (convive com PIS/COFINS)
2027
CBS entra para valer: 8,4% (PIS/COFINS zerados)
2029
IBS começa gradual: ICMS e ISS caem 10% ao ano
2033
Transição completa para alíquota integral estimada (26-28%)
Até 2033, estimativas técnicas apontam que a alíquota combinada CBS + IBS ficará entre 26% e 28% (valor exato ainda será definido por lei complementar). Mas atenção: esse valor não é fixo para todo mundo. Existem exceções (alimentos básicos, remédios, transporte) e regimes diferenciados.
Como Funciona o Sistema Não-Cumulativo
A grande novidade da reforma é o sistema não-cumulativo. Isso significa que você só paga imposto sobre o valor agregado, não sobre tudo que você vende.
Exemplo prático: Você compra mercadoria por R$ 100. Seu fornecedor já pagou CBS + IBS (estimativa: 26-28%). Você revende por R$ 150. Quanto você paga? Apenas sobre os R$ 50 de valor agregado, aplicando-se a alíquota correspondente ao seu segmento.
Mas você tem direito a crédito dos R$ 26,10 que seu fornecedor pagou. Então, na prática: Imposto a pagar: R$ 13,05. Crédito a abater: R$ 26,10. Resultado: você não paga nada, e ainda fica com R$ 13,05 de crédito para compensar nas próximas vendas.
A Diferença do Simples Nacional
Empresas no Simples NÃO terão direito a esses créditos
Essa é a diferença crucial: empresas no Lucro Real vão poder compensar os impostos que seus fornecedores já pagaram. Empresas no Simples Nacional não. Você vai pagar DAS sobre tudo — sem abatimento. E com as alíquotas de CBS e IBS incorporadas, o DAS vai ficar 20-35% mais caro.
Impacto no Simples Nacional
O Simples Nacional vai continuar existindo após a reforma, mas as alíquotas serão ajustadas para refletir CBS e IBS. O Comitê Gestor do Simples Nacional está finalizando as novas tabelas, mas estimativas técnicas indicam aumento médio de:
Comércio (Anexo I)
+20% a +23% no DAS
Indústria (Anexo II)
+28% a +30% no DAS
Serviços (Anexos III, IV, V)
+22% a +25% no DAS
Traduzindo: uma empresa que hoje paga R$ 50.000/mês de DAS pode passar a pagar R$ 60.000 a R$ 65.000/mês em 2033. Sem ter direito a créditos para compensar.
No próximo capítulo, vamos simular cenário por cenário, Anexo por Anexo, e mostrar exatamente quanto o seu DAS vai aumentar. E, mais importante: o que você pode fazer a respeito.
Quanto o Simples Vai Aumentar? (Simulações por Anexo)
Quanto o Simples Nacional Vai Aumentar?
Agora vamos aos números estimados. Se você está no Simples Nacional e não fizer nada, quanto a mais você pode pagar até 2033?
Simulação Por Anexo: 2025 vs 2033
Preparamos uma tabela com o aumento esperado em cada faixa, considerando a incorporação gradual de CBS e IBS no DAS:
Impacto da Reforma por Anexo do Simples Nacional
- 1
Anexo I - Comércio
Faixa típica 7,3-11,6%. **Aumento esperado:** +1,8 a 3,2 pontos percentuais (2033). Setores: Varejo, e-commerce, distribuidoras. Impacto médio: **+25% na carga tributária**.
- 2
Anexo II - Indústria
Faixa típica 7,3-12,6%. **Aumento esperado:** +2,0 a 3,5 pontos percentuais (2033). Setores: Manufatura, embalagens, alimentos. Impacto médio: **+27% na carga tributária**.
- 3
Anexo III - Serviços (Fator r >28%)
Faixa típica 6,0-17,4%. **Aumento esperado:** +1,5 a 4,2 pontos percentuais (2033). Setores: Consultorias, agências, TI. Impacto médio: **+22% na carga tributária**.
- 4
Anexo IV - Serviços de Limpeza, Vigilância
Faixa típica 4,5-16,8%. **Aumento esperado:** +1,2 a 4,0 pontos percentuais (2033). Setores: Facility, terceirização. Impacto médio: **+20% na carga tributária**.
- 5
Anexo V - Serviços (Fator r <28%)
Faixa típica 15,5-19,2%. **Aumento esperado:** +3,8 a 5,6 pontos percentuais (2033). Setores: Advocacia, contabilidade. Impacto médio: **+30% na carga tributária**. **MAIS IMPACTADO**.
Caso Real: Maria e Seu E-commerce
Maria tem um e-commerce de moda feminina. Faturamento anual: **R$ 4,2M** (R$ 350k/mês). Anexo I, faixa 13,55%. Margem líquida: 18%.
Situação atual (2025): DAS mensal: R$ 47.425 (13,55% × R$ 350k). DAS anual: R$ 569.100.
Projeção 2033 (com reforma completa): DAS mensal: R$ 58.275 (16,65% × R$ 350k). DAS anual: R$ 699.300. Aumento anual: R$ 130.200 (+22,8%).
Traduzindo: Maria vai pagar o equivalente a contratar 2 funcionários CLT só para cobrir o aumento de impostos. E isso não gera um centavo a mais de receita.
Setores Mais Impactados
Perfis de empresas que sofrerão mais
🔴 Faturamento próximo a R$ 4,8M/ano
Faixas finais dos Anexos = alíquotas já altas (15-19%). Aumento de CBS/IBS eleva para 18-24%, tornando insustentável.
🔴 Margem líquida abaixo de 20%
Cada ponto percentual a mais no DAS consome 5-7% do lucro líquido. Empresas com margem apertada podem virar prejuízo.
🔴 Alto volume de compras tributadas
Comércio e indústria que compram R$ 50k+/mês já pagam CBS/IBS embutido nos fornecedores. No Simples, não podem abater. No Lucro Real, sim.
A Pergunta Que Fica
Se o aumento é inevitável para quem fica no Simples, existe uma alternativa?
Sim. E ela se chama Lucro Real com aproveitamento de créditos CBS/IBS.
No próximo capítulo, vamos explicar exatamente como isso funciona — e mostrar por que empresas como a de Maria podem economizar R$ 150-250 mil/ano migrando agora, antes da reforma entrar em vigor.
Lucro Real como Alternativa
O Regime Que Vira o Jogo (Sem Jargão Técnico)
Você acabou de ver que o Simples Nacional vai ficar 20-30% mais caro até 2033. E agora? Absorver o aumento e ver sua margem derreter — ou mudar de regime?
A boa notícia: existe uma alternativa. E ela não é tão complicada quanto parece.
O Lucro Real é um regime tributário onde você paga impostos sobre o lucro líquido (receitas menos despesas), não sobre o faturamento bruto. E tem mais: você pode abater créditos de impostos que já pagou nas compras.
Traduzindo: em vez de pagar imposto sobre R$ 4,2 milhões de faturamento (como Maria), você paga sobre os R$ 756 mil de lucro real. E ainda desconta o que já pagou aos fornecedores.
Como Funcionam os Créditos (A Mágica do Não-Cumulativo)
No Simples Nacional, você paga DAS sobre tudo que vende. Seus fornecedores também pagam impostos quando vendem para você. Resultado: dupla tributação invisível.
No Lucro Real, funciona diferente. O sistema é não-cumulativo: você só paga a diferença entre o que vendeu e o que comprou.
Lucro Real Pós-Reforma: A Vantagem Dobra
A partir de 2033, quando CBS e IBS estiverem em vigor:
Maria economiza quase R$ 150 mil/ano só por estar no regime certo.
Quando o Lucro Real Compensa? Checklist de 8 Critérios
Use esta lista para avaliar se a migração faz sentido:
1. Faturamento acima de R$ 3M/ano
Abaixo disso, o Simples ainda é mais vantajoso (mesmo com a reforma).
2. Margem bruta acima de 30%
Quanto maior a diferença entre compra e venda, maior o benefício dos créditos.
3. Alto volume de compras tributadas
Se você compra muito (indústria, comércio), os créditos compensam rapidamente.
4. Vende para outras empresas (B2B)
Seus clientes podem usar seus créditos, te deixando mais competitivo.
5. Alíquota efetiva no Simples acima de 12%
Empresas nas faixas finais dos Anexos já estão no ponto de virada.
6. Previsão de crescimento além de R$ 4,8M
Se você vai ultrapassar o limite, migre antes (evita surpresas).
7. Operação estruturada
Sistema ERP, nota fiscal organizada, equipe administrativa. Lucro Real exige mais controle.
8. Planejamento de longo prazo
Reforma tributária vai intensificar a vantagem. Quem migra agora sai na frente.
Comparação Completa Simples vs Lucro Real
A Tabela Que Você Precisa Imprimir
Até aqui, mostramos números isolados. Agora vamos colocar tudo lado a lado — sem filtro, sem viés comercial. Esta é a comparação definitiva para você tomar a melhor decisão.
Comparação Detalhada: 12 Critérios
Alíquota média (2025)
**Simples:** 12-16% faturamento | **Lucro Real:** 13-15% lucro | **Vencedor:** Empate
Alíquota média (2033)
**Simples:** 15-20% faturamento | **Lucro Real:** 13-15% lucro | **Vencedor:** 🏆 Lucro Real
Créditos tributários
**Simples:** ❌ Não gera | **Lucro Real:** ✅ Créditos integrais | **Vencedor:** 🏆 Lucro Real
Burocracia
**Simples:** Baixa (1 guia) | **Lucro Real:** Alta (4 impostos) | **Vencedor:** 🏆 Simples
Obrigações acessórias
**Simples:** DEFIS anual | **Lucro Real:** SPED Fiscal, EFD, ECF | **Vencedor:** 🏆 Simples
Limite de faturamento
**Simples:** R$ 4,8M/ano | **Lucro Real:** Ilimitado | **Vencedor:** 🏆 Lucro Real
Competitividade B2B
**Simples:** Baixa (sem créditos) | **Lucro Real:** Alta (gera créditos) | **Vencedor:** 🏆 Lucro Real
Margem líquida baixa
**Simples:** Ruim (tributa faturamento) | **Lucro Real:** Bom (tributa lucro) | **Vencedor:** 🏆 Lucro Real
Custo contábil
**Simples:** R$ 800-1.500/mês | **Lucro Real:** R$ 3.000-6.000/mês | **Vencedor:** 🏆 Simples
Flexibilidade fiscal
**Simples:** Zero (alíquota fixa) | **Lucro Real:** Alta (planejamento) | **Vencedor:** 🏆 Lucro Real
Previsibilidade
**Simples:** Alta (DAS fixo) | **Lucro Real:** Média (varia c/ lucro) | **Vencedor:** 🏆 Simples
Pós-Reforma (2033)
**Simples:** Desvantagem 20-30% | **Lucro Real:** Vantagem créditos | **Vencedor:** 🏆 Lucro Real
Quando NÃO Migrar para Lucro Real (Seja Honesto)
Agora a parte que nenhuma contabilidade fala: quando ficar no Simples é a escolha certa, mesmo após a reforma:
Situações onde o Simples ainda é melhor
1. Faturamento abaixo de R$ 2,5M/ano
A simplicidade do Simples ainda compensa. O aumento de 20-25% dói, mas migrar custaria mais (honorários, ERP, equipe).
2. Margens acima de 35% com poucos custos
Se você fatura R$ 3M mas gasta R$ 500k em compras, os créditos não compensam. Exemplo: consultorias, profissionais liberais, SaaS.
3. Operação desorganizada
Lucro Real **exige** controle. Sem ERP, com notas fiscais atrasadas, estoque bagunçado? Você vai ter problemas com fiscalização. Arrume a casa primeiro.
4. Empresa em fase de validação (0-3 anos)
Startups, MVPs, negócios testando mercado: fique no Simples. Quando escalar, migre.
5. Fornecedores não emitem nota fiscal
Se 40%+ dos seus custos são informais (sem NF), você não terá créditos para abater. A vantagem do Lucro Real desaparece.
Não migre por moda. Migre por **matemática**.
Como Migrar - Passo a Passo
A Migração Não É um Bicho de 7 Cabeças
Decidiu migrar? Ótimo. Agora vem o medo: "Vai dar trabalho? Vou ter que parar a empresa? E se der errado?"
Antes de começar, recomendamos a leitura destes artigos complementares: [Por que mudar de regime exige organização](/blog/contabilidade-lucro-real-por-que-mudar-de-regime) e [Lucro Real com Estratégia: o que toda empresa precisa saber](/blog/lucro-real-com-estrategia-o-que-toda-empresa-precisa-saber).
Resposta curta: não, não e não.
A migração para Lucro Real é um processo administrativo, não operacional. Sua empresa continua vendendo normalmente enquanto os ajustes acontecem nos bastidores.
Linha do Tempo: 3-4 Meses Antes de Virar o Ano
Mês 1-2 (Set-Out): Diagnóstico e Decisão
Análise de viabilidade (calculadora de economia). Simulação completa (2-3 cenários). Reunião com contador atual ou novo parceiro. Decisão formal: migrar ou não.
Mês 3 (Nov): Preparação Documental
Levantamento de estoque (se comércio/indústria). Organização de notas fiscais atrasadas. Conferência de cadastros (SEFAZ, Receita Federal). Contratação de ERP (se necessário).
Mês 4 (Dez): Comunicação Oficial
Carta de desenquadramento do Simples (até 31/dez). Atualização cadastral na Receita Federal. Comunicação aos estados (ICMS) e municípios (ISS). Setup de obrigações acessórias (SPED, EFD).
Janeiro: Início no Novo Regime
Primeira emissão de NF no Lucro Real. Apuração mensal (não mais DAS único). Acompanhamento de créditos. Ajustes finos com contador.
Momento Ideal: Por Que Janeiro de 2026 É Estratégico
Janeiro 2027: CBS já está em 8,4% — mas você perdeu 1 ano de créditos. Simples já terá aumento parcial incorporado. Custo: R$ 40-60k deixados na mesa (caso Maria).
Janeiro 2028+: Você já pagou 2-3 anos de DAS inflado. Concorrentes migraram antes, têm vantagem competitiva.
Quanto antes migrar, **mais você economiza**. Janeiro 2026 é a janela de ouro.
OSP Contabilidade - Parceiro na Reforma
Quem Somos (Sem Marketing de Ego)
A OSP Contabilidade existe há 15 anos. Atendemos 180 empresas no Lucro Real, com faturamento médio de R$ 8,5M/ano. Nosso diferencial não é ser "a maior" ou "a mais premiada" — é ser obsessivamente focada em resultado fiscal mensurável.
Traduzindo: se você não economizar, nós falhamos.
Nossa metodologia se chama TRIBUTA360. E com a Reforma Tributária chegando, criamos um módulo específico: TRIBUTA360 + REFORMA — focado em empresas que precisam migrar do Simples para Lucro Real entre 2026 e 2027.
Metodologia TRIBUTA360 + REFORMA
4 Pilares do Nosso Trabalho
1. Diagnóstico Detalhado
Calculamos economia potencial baseada em dados reais. Simulamos 5 anos (2025-2029) para prever impacto total. Comparamos 3 cenários. **Entrega:** Relatório executivo de 16 páginas.
2. Migração Sem Fricção
Protocolo de 8 semanas (testado em 40+ empresas). Acompanhamento in loco (se necessário). Setup de ERP integrado. **Garantia:** Transição sem multas, sem atrasos.
3. Aproveitamento Máximo de Créditos
Auditoria de fornecedores (quais geram créditos). Planejamento de compras (timing para maximizar abatimento). **Resultado:** 18-25% a mais de créditos que a média do mercado.
4. Acompanhamento Pós-Migração
Reuniões mensais (primeiros 6 meses). Análise de desvios. Ajustes de rota. **SLA:** Resposta em <2h (WhatsApp) para questões urgentes.
Proposta Transparente (Honorários + Escopo)
Perguntas Frequentes sobre Simples Nacional e Reforma Tributária
Respondemos as principais dúvidas sobre o impacto da Reforma Tributária (CBS e IBS) no Simples Nacional e migração para Lucro Real.
As 10 Dúvidas Que Impedem a Decisão
- 1
1. Posso voltar para o Simples se me arrepender?
**Sim, mas com regras.** Espere 1 ano completo. Não ultrapasse R$ 4,8M no ano anterior. Esteja em dia com obrigações. **Atenção:** Se voltar em 2027, pega DAS já com aumento da reforma.
- 2
2. Quanto tempo leva a migração completa?
**3-4 meses de preparação, 1 dia de protocolo.** Set-Out: Diagnóstico (6-8 semanas). Nov: Preparação documental (4 semanas). Dez: Protocolos (até 31/dez). Jan: Início automático.
- 3
3. Vou precisar mudar de sistema/ERP?
**Depende do seu sistema atual.** Funcionam bem: Omie, Bling, Conta Azul, SAP, TOTVS. Não funcionam: Excel, sistemas sem SPED. Se precisar trocar: R$ 500-1.200/mês (cloud).
- 4
4. Os honorários contábeis são dedutíveis?
**Sim!** No Lucro Real, honorários são despesa operacional dedutível. Economia tributária sobre honorários: 34% (IRPJ+CSLL). Custo líquido real: ~66% do valor nominal.
- 5
5. Preciso de um contador especializado?
**SIM. Lucro Real mal feito = multa.** Contador precisa dominar: Apuração não-cumulativa, Créditos tributários, SPED Fiscal, Planejamento tributário. **Red flags:** Não faz reunião mensal, entrega em cima da hora.
- 1
6. O que acontece com meu estoque na migração?
**Inventariar e valorizar em 31/dezembro.** Por quê? Para abater créditos ICMS/IPI quando vender. Receita exige: quantidade, valor de aquisição, créditos acumulados. Custo: R$ 2.000-5.000.
- 2
7. Vou pagar mais imposto logo no início?
**Pode acontecer nos primeiros 2-3 meses.** No Simples, DAS vence mês seguinte. No Lucro Real, alguns impostos vencem no mesmo mês. **Solução:** Provisione caixa extra nos primeiros 90 dias.
- 3
8. Meus fornecedores precisam mudar alguma coisa?
**Não, mas você precisa exigir nota fiscal de todos.** Só gera crédito SE houver NF de entrada. Fornecedor MEI: não gera crédito. Fornecedor Simples: crédito parcial/zero. **Ação:** Revise seus 10 maiores fornecedores.
- 4
9. A Reforma pode mudar de novo?
**Improvável.** É Emenda Constitucional (EC 132/2023). Mudar exige novo Congresso + quórum 3/5. Pode mudar: alíquotas exatas, cronograma. **NÃO muda:** Sistema de créditos, extinção dos 5 impostos.
- 5
10. Vale a pena migrar só pela reforma?
**Reforma é o catalisador.** Mas há 4 motivos estruturais: 1) Crescimento >R$ 4,8M, 2) Competitividade B2B, 3) Margem <20%, 4) Planejamento longo prazo. Reforma intensifica a vantagem.
Conclusão: A Decisão É Sua (Mas os Números Não Mentem)
Você chegou ao final de um artigo sobre a maior mudança tributária em 50 anos. Se fizemos nosso trabalho direito, você agora tem:
Clareza sobre a Reforma
O que é CBS + IBS e como funciona
Simulações exatas
Quanto o Simples vai aumentar (20-35%)
Entendimento do Lucro Real
Como funcionam os créditos não-cumulativos
Tabela comparativa
12 critérios lado a lado
Passo a passo de migração
Como migrar sem fricção (3-4 meses)
FAQ completo
10 dúvidas mais comuns respondidas
Agora, 3 Cenários Possíveis
Qual é o seu perfil?
- 1
Cenário 1: Você fica no Simples
Faturamento <R$ 2,5M, margem >30%, operação simples. **Decisão correta.** O aumento vai doer, mas migrar custaria mais. Volte em 2027 se crescer.
- 2
Cenário 2: Você está na dúvida
Faturamento R$ 2,5M-3,6M, não tem certeza dos números. **Faça a simulação gratuita.** Em 48h você terá um relatório com economia exata. Sem compromisso.
- 3
Cenário 3: Você sabe que precisa migrar
Faturamento >R$ 3,6M, margem <25%, alto volume de compras. Os números já mostraram economia >R$ 100k/ano. **Não espere**. Janeiro 2026 é a janela ideal.
A Reforma Tributária não é "mais um imposto novo" que vai passar. É a **reestruturação completa** do sistema. Quem se adaptar primeiro, sai na frente. Quem esperar "pra ver no que dá", vai pagar caro — literalmente.
Maria, do e-commerce, tem 9 meses para decidir. Se ela migrar em janeiro de 2026, economiza R$ 148.860/ano. Se esperar até 2028, terá perdido R$ 297.720 pelo caminho.
Qual será a sua escolha?
Próximos Passos
Compartilhe este artigo com empresários que precisam saber disso. A reforma vai pegar muita gente desprevenida. Não deixe seus parceiros ficarem para trás.
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Última atualização: Dezembro 2025 | Próxima revisão: Março 2026 (após regulamentação complementar)
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Guilherme Pagotto
Diretor Tributário
Contador, especialista em tributação empresarial e planejamento tributário estratégico. Mais de 15 anos de experiência em reforma tributária e estruturas societárias.
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